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Este microbook é uma resenha crítica da obra:
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ISBN: 9788543100975
Editora: Editora Sextante
Muitas pessoas para as quais o autor presta consultoria seguiram o padrão comum: trabalharam e contribuíram por toda a vida para uma aposentadoria tradicional. Após aposentados, percebem que os gastos aumentam e a renda do INSS é muito baixa diante do sacrifício feito durante toda a vida. Alguns não sabem o que fazer, por não terem sido preparados para esse período. Cerbasi mostra que possui um rendimento ótimo, mas nada espetacular. E que é possível, sim, planejar-se para ter algo além de uma aposentadoria insuficiente do INSS, e fazer dos anos de mais experiência na vida algoalém de apenas seguir todos os aspectos comuns apregoados há anos.
Temos resistência a aprender a gerenciar nossa vida financeira, pois geralmente damos pouca importância a isso. Poucas pessoas estudam boas maneiras de ter rendimentos melhores, mas há muitos que se dedicam a estudar formas de como ganhar na loteria, como se ficar rico fosse possível por meio de uma fórmula mágica. Há um ramo da ciência que estuda esse tipo de comportamento, que é a psicologia econômica. Nela, mostra-se que nosso cérebro dá mais atenção àquilo que nos dá prazer. E comprar é um ato de prazer imediato, enquanto o planejamento financeiro é um ato que lembra privação. Por esses motivos, vemos uma parcela pequena de pessoas que entendem como funciona o INSSe que contratam previdência privada sem saber as contas do que é viável ou não, apenas achando que precisam de uma dessas modalidades. Acha coincidência o fato de que um terço das pessoas que ganham na loteria perdem tudo ou gastam mais do que receberam da sorte?
Quando se fala no futuro da aposentadoria, nenhum estudo é otimista. Em 2013, por exemplo, a expectativa de vida do brasileiro era de 74,6 anos. Para 2030, deve chegar a 78,6 anos e em 2060 a 81,2 anos. Se em 2013 o índice de pessoas com mais de 65 anos era de 7,4% da população, a expectativa é de que em 2030 chegue a 11,7% da população e em 2060 a 26,7%. Se para a Medicina esses são bons números, para a Economia isso pode soar péssimo. Em 2013, havia 46 dependentes, ou seja, jovens e pessoas sem trabalhar, a cada 100 pessoas economicamente ativas. Isso é o que se chama de taxa de dependência. Estima-se que em 2022 esses números cheguem a 43% e em 2041 haja mais dependentes do que pessoas economicamente ativas no Brasil, enquanto no mundo essa taxa é de 63,3%. Isso mostra que a hora de fazer algo para mudar o cenário caótico para fechar as contas referentes a aposentadoria é agora. Vivemos o chamado bônus demográfico, que é o nome dado ao período em que o país deixa de ter uma população predominantemente jovem e inativa. O prazo para aproveitar isso e melhorar o cenário é até 2041, segundo diversos estudos citados pelo autor. E, infelizmente, pouco ou nada tem sido feito de forma estrutural.
Há alguns empecilhos tradicionais para quem planeja uma renda extra no futuro. Dentre eles: as metas matematicamente objetivas, mas sem a devida correção; a percepção de ganho patrimonial sem apurar o ganho real. Além disso, poucos investimentos criam uma sensação de enriquecimento fácil tão falsa quanto os imóveis. É crucial dar a devida atenção a esses dados para não se frustrar futuramente depois de tanto sacrifício.
Não é à toa que muita gente passa por dificuldades no momento da aposentadoria, pois nossa falta de educação com relação ao tema é nítida. 48% dos brasileiros não fazem nenhum tipo de investimento para se aposentar e 42% acreditam que o INSS é o único meio para se garantir a aposentadoria. Para a maioria dos brasileiros entrevistados em pesquisas, a idade ideal para se aposentar seria antes dos 46 anos, enquanto nos países desenvolvidos esse índice é de 58 anos. Além disso, 25% dos brasileiros não sabem qual será sua principal fonte de renda após se aposentar. Percebeu alguns dos motivos para tanta gente se complicar demais quando se aposenta?
Não há idade para começar a se planejar e nosso modelo educacional não nos prepara para o longo prazo. Portanto, sempre é hora de começar a tomar atitudes para não passar por desconfortos futuramente. Isso envolve poupar, mas também estudar os melhores mecanismos existentes e as maneiras de aproveitá-los.
Ter planos para o futuro não é garantia de alcançar os objetivos almejados. Um dos grandes problemas, por exemplo, são as constantes mudanças de regras para aposentadoria que acontece entre um e outro governo do país. O planejamento para a aposentadoria virou um exercício de constante procrastinação, que sempre é deixado para depois. E se não é razoável achar que haja apenas uma solução para a aposentadoria diante de tanta criatividade como temos atualmente, também é possível notar que nossa falta de educação para isso desde cedo nos afeta a longo prazo.
Ainda que não sejam as únicas, há 20 principais estratégias que as pessoas usam para se aposentar bem. São elas: contribuir para o INSS, contribuir mais que o mínimo para o INSS, desaposentação, poupar mais, poupar por mais tempo, começar mais cedo a se planejar, contar com um plano de previdência patrocinado ou corporativo, contratar um plano de previdência privada ou individual, investir com mais riscos, trabalhar para sempre, construir uma carreira paralela, contar com o saldo do FGTS, buscar uma carteira de imóveis, ter um negócio de família, contar com uma herança, prestar um concurso público, contar com crédito na praça para completar o orçamento, reclamar e cobrar do governo, confiar na sorte ou em probabilidades, ler um livro de finanças pessoais. Ufa! Nenhuma delas por si só é completamente eficaz para resolver de uma vez por todas os problemas da aposentadoria, um conceito que já não é viável, segundo o autor.
Para fugir do conceito antigo de aposentadoria, as estratégias devem ser tomadas para ter uma vida a caminho de renda crescente, mais liberdade de escolha, maior valorização de vida, oportunidades crescentes e menor dependência das leis e regras que norteiam a aposentadoria, que, como já citado, são tão volúveis no Brasil que causam angústia até entre os mais metódicos.
Quando Cerbasi diz que a aposentadoria tradicional não é mais viável e nem interessante, é com embasamento: ela foi criada na Alemanha no século XIX para prover com alguma renda idosos incapazes. Levando em consideração as melhorias na qualidade e expectativas de vida atuais e crescentes, virou algo retrógrado por si só. Boa parte da população não espera a aposentadoria, mas a liberdade para fazer o que lhes agrada sem ter que se preocupar com a obtenção de renda. E se não houver as devidas atitudes de planejamento, isso não vai passar de uma ilusão e frustração.
O capitalismo é o regime em que pessoas com capital colocam-no para render e convidam aquelas que não o têm para que os ajudem a multiplicar suas riquezas. Por isso esse regime não é tão bom, não é mesmo? O emprego nada mais é do que um contrato que estabelece uma retribuição, o salário, padronizado pela vida moderna. Se as oportunidades forem iguais, o capitalismo será o sistema econômico mais justo e próspero do que todos os outros. Por isso é importante saber qual nosso papel e quais os melhores caminhos para desfrutarmos melhor dele.
Quando o capitalismo é democrático, as oportunidades são iguais a ponto de haver grande capacidade de se sair do status de trabalhador comum para virar dono do próprio negócio. Nos Estados Unidos, por exemplo, há bastante tempo que os aposentados optam por abrir o próprio negócio empregando os mais jovens. Pouca gente sabe, mas a mulher brasileira é uma das mais empreendedoras do mundo. E isso, além de ser uma boa solução para fugir da aposentadoria tradicional como única solução, é mais do que simplesmente ter o próprio negócio.
Parte da solução sonhada para maior liberdade do trabalhador é o empreendedorismo. Mas é importante ressaltar que 15 a 20% dos indivíduos possuem perfil de liderança, seja no próprio negócio ou em uma empresa tradicional. É preciso um perfil empreendedor para que o capital se multiplique de forma ativa. Algumas das sugestões para quem quer empreender e ter algo além de uma escassa aposentadoria no futuro passam por ser o sócio capitalista de uma empresa, ter uma carteira de imóveis, carteira de dividendos, participar de leilões frequentando também as casas de leiloeiros e usar o conhecimento adquirido em anos de carreira para prestar consultorias aos mais jovens.
Para fugir da aposentadoria tradicional, são três etapas que devem ser seguidas: a educação para o trabalho, a educação para empreender e a educação para investir. Tudo isso deve partir da própria pessoa que deseja fugir do comum.
Quanto mais um adulto for preparado para resolver quaisquer tipos de problemas, mais eficaz terá sido sua educação. É notório que precisamos de uma educação mais humana desde nossos primeiros anos no colégio e para isso é fundamental desde cedo termos em mente que não devemos terceirizar responsabilidades. No colégio aprendemos apenas o que nos prepara para resolver problemas dos empregadores. Precisamos ir além disso: pensar nos aspectos da aposentadoria é resolver um problema individual, muito além das responsabilidadescom os empregadores.
É quando nos educamos para empreender que enterramos a expectativa de uma aposentadoria tradicional. Frequentar feiras de franquias e estudar tudo sobre os melhores caminhos dos investimentos é um bom começo, pois todo acúmulo de aprendizado e experiências é importante. 48% dos negócios fecham as portas nos primeiros três anos, por isso é importante ressaltar que o empreendedorismo não é uma via de mão única, há vários caminhos para ir à luta.
Quer investir? Siga essas etapas: estudar para o trabalho, pesquisar as necessidades do mercado, trabalhar para enriquecer terceiros, educar-se para empreender, acumular patrimônio, trocar o trabalho por negócios, reinvestir para diferenciar os negócios, educar-se para investir, desligar-se aos poucos dos negócios, administrar seu legado. Não é fácil: exige esforço e dedicação, mas essas são as fases pelas quais passamos.
A postura ativa é o principal mérito necessário para quem deseja algo além da tradicional aposentadoria. Crie condições físicas e mentais para não aposentar e mantenha um estilo de vida adequado. A atitude empreendedora lhe fará ter mais resultados do que a média, mas isso não significa que terá que se sobrecarregar, pois o trabalho deve ser encarado de forma agradável e conciliando os momentos livres e de lazer. Não seja o exemplo da frase de uma das maiores referências no mundo.
Como já dissemos, as folgas devem ser bem aproveitadas para que não haja uma sobrecarga, pois isso tornará a tarefa de fugir da aposentadoria algo enfadonho, dando mais brechas para se desanimar da missão.
Há algumas estratégias eficazes para garantir etapas no plano de construir um futuro melhor. Embora deva-se evitar a sobrecarga, em alguns momentos precisamos trabalhar mais. Degustar investimentos exige tempo de envolvimento para investir com sabedoria.. Ter orçamento eficiente, buscar experiências empreendedoras, concentrar esforços nos momentos de aumento de renda, desfrutar mais dos bons momentos ao longo da vida, estudar planos de previdência patrocinado ou similares, tentar uma carreira pública ou militar, ter um trabalho flexível, acreditar em grandes tacadas que podem mudar a vida. Essas são algumas das atitudes tomadas por quem vislumbrou um futuro mais agradável e longe da dependência por uma aposentadoria irrisória.
Cerbasi criou uma tabela com as principais características em cada idade, e como nelas é comum pensar e trabalhar em planos para a aposentadoria. Mas lembre-se: nunca é cedo demais para pensar nisso, sempre é hora!
É o começo de tudo, onde se deve focar na educação. Ainda que tradicional, é preciso uma formação mínima antes de começar a pensar em planos para a aposentadoria futura, mesmo que a não convencional.
Nessa fase de intenso desenvolvimento na carreira e na vida pessoal, acontecem muitas mudanças e experimentações. Isso consome reservas. Ainda assim, o caminho da estabilização sugere mais tempo a um projeto empreendedor. É a idade ideal para pensar no futuro da aposentadoria.
Período em que passamos a dar mais atenção ao tema de como vamos garantir renda no futuro. Aumenta a responsabilidade e o orçamento é pressionado, bem como as horas livres.
Essa é a fase mais produtiva da vida, ainda que não haja a mesma disposição da juventude. Buscamos menos riscos e a maturidade profissional chega. Se nessa idade nunca se poupou, a segurança financeira no futuro estará limitada ao INSS, o que pode não ser bom.
Nesse período, não é raro encontrarmos pessoas que nunca pensaram em poupar e sempre contaram apenas com uma aposentadoria do INSS. Resta desfrutar a vida quando se foi planejado e contar com a sorte em caso contrário, o que é um risco que pode ser evitado desde os primeiros anos de vida.
Em momento algum Cerbasi prega o fim da instituição que paga a aposentadoria, mas abre nossos olhos quanto a uma visão antiga tão predominante na sociedade. Numa sociedade utópica, os mais velhos teriam condições de aproveitar uma boa aposentadoria que lhes fosse rentável, enquanto os mais jovens produziriam com autonomia, girando a economia e garantindo seu futuro. Enquanto isso está longe de acontecer, resta a nós nos planejarmos e irmos atrás de um futuro melhor.
“Um pássaro que repousa numa árvore nunca teme que seu galho quebre, porque sua confiança não é no galho, mas em suas próprias asas. Sempre confie em si mesmo” – Autor desconhecido.
Cerbasi é um daqueles economistas que traduzem para o cidadão comum a linguagem difícil da Economia. E mostra, de maneira simples e clara, que pensar na aposentadoria de forma tradicional já é algo arcaico, antiquado. Quem não entender isso, terá anos difíceis no futuro. Assim, há muitas alternativas para irmos atrás de melhores rendimentos futuros, sem descuidar do presente e de nosso bem-estar. Vale a pena olhar para frente e há muitos meios acessíveis para que possamos construir nossos próximos anos. É só ir atrás!
Que tal aprofundar-se ainda mais no assunto sobre poupar para a aposentadoria? Aqui você encontra 5 dicas poderosas para fazer este projeto dar certo!
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Gustavo é escritor, consultor financeiro, professor, palestrante e administrador. Autor de 15 livros, escreveu o best-seller “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, que deu origem ao filme "Até que a Sorte nos Separe". Os três lançamentos da trilogia desse filme, somados, tiveram 11 milhões de espectadores, alcançando a segunda maior bilheteria do cinema nacional. Eleito pela Revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes, nasceu em Caxias do Sul. Ele é é a maior referência em inteligência financeira do Brasil. Consultor, palestrante e autor, Cerbasi já vendeu mais de 2 milhões de exemplares, já proferiu palestras para mais de 3 milhões de pessoas e teve mais de 1 milhão de alunos em seus cursos online. Com experiência prática... (Leia mais)
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